Uma Carta
Boa tarde à AMPLOS – a todos vocês,
não que hoje seja um dia especial por algum motivo, mas não quis deixar passar de hoje. Não sou mãe, sou filha. Acima de tudo sou pessoa e é enquanto pessoa que vos escrevo. Que vos escrevo de coração cheio por existirem no mundo. Tenho uma admiração enorme e um orgulho por ter no meu país uma ampla associação de heróis. Verdade seja, no mundo ideal vocês não existiam enquanto associação, mas até lá, vocês estão cá. Existem quando poderiam não existir. Abraçam quando muitos afastam. Sorriem quando muitos choram. Lutam enquanto muitos lamentam. Enfrentam enquanto muitos se escondem. Amam enquanto muitos detestam. Estão, quando muitos se foram. E tudo o que fazem, acredito, fazem de coração. Fazem pelos vossos filhos, pelos nossos pais e pela sociedade. Pelo mundo. Dão a cara por uma igualdade que é de todos. Provavelmente também já afastaram, choraram, lamentaram, se esconderam, detestaram. Mas conheceram, enfrentaram e estão na linha da frente numa luta de paz que é louvável. Estiveram e estão, tantas vezes, mais do que eu. Mais do que nós. Seria impossível passar de hoje e – só porque sim, mas de coração cheio – agradecer a vossa existência. Vejo-vos e tenho-vos como a luz ao fundo do túnel de tantos pais que estão dispostos a amar na escuridão, fazendo-se luz. E agradeço, agradeço todas as vezes, vezes sem conta.
Um abraço com muita admiração e muito carinho. Que continuem, até não mais ser preciso continuar,